segunda-feira, 20 de junho de 2011

Comprovada eficácia do suplemento alimentar Biofórmula Leite


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Foto Embrapa
Comprovada eficácia do suplemento alimentar Biofórmula Leite
   Durante 62 dias, 40 vacas da raça Holandesa e mistas de Jersey e Holandesa da fazenda Laginha, no estado de Goiás, tiveram o seu leite analisado para testar o efeito do Biofórmula Leite no controle da Contagem de Células Somáticas (CCS). Esse valor indica, de maneira quantitativa, o grau de infecção da glândula mamária do animal. O Biofórmula Leite é um aditivo probiótico, ou seja, um suplemento alimentar a base de microorganismos vivos que afeta beneficamente o hospedeiro promovendo o balanço da microflora intestinal. O produto foi validado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

   Além de proporcionar ao pecuarista uma ferramenta para oferecer à população alimentos de melhor qualidade, o Biofórmula Leite é essencial para auxiliá-lo a atender as exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com relação aos padrões fisico-químicos, microbiológicos, de resíduos químicos e de CCS. Isso porque, em 2005 entrou em vigor no Brasil a Instrução Normativa 51/2002, publicada por aquele ministério, que limita a CCS máxima a 400.000 CS/ml de leite a partir de 01 de julho de 2011. No teste comparativo realizado na fazenda Laginha, localizada nos municípios de Orizona/Pires do Rio/GO, de propriedade de Geovando Vieira Pereira, o uso do Biofórmula Leite conseguiu manter os índices de CCS abaixo do valor preconizado pela Instrução Normativa, mesmo com a entrada no período chuvoso, período em que normalmente há um aumento nos índices de CCS. Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, Claudio Magnabosco, este resultado comprova que o Biofórmula Leite proporciona melhor saúde à vaca, qualidade do leite, e, por conseguinte, remuneração por litro de leite pago ao produtor.

Melhoria da qualidade com aumento da produtividade

    Produtores são beneficiados com ações do governo para garantir um leite mais saudável, nutritivo e saboroso na mesa dos brasileiros
    O Brasil é um dos principais produtores de leite do mundo, superando a média dos 27 bilhões de litros anuais. Para garantir a qualidade do produto, o governo federal, por meio do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), implementa uma agenda estratégica para ser consolidada até 2015. A agenda tem 11 itens e foi elaborada com a participação de representantes de todos os elos que compõem a cadeia produtiva do leite.
    Entre os temas abordados na agenda está o Programa de Melhoria da Qualidade do Leite. O objetivo é aumentar a qualidade do produto para que a população possa consumir alimentos lácteos mais seguros, nutritivos e saborosos, além de proporcionar condições para elevar o rendimento dos produtores.    Outro Programa que merece destaque é o de Resíduos e Contaminantes em Leite. A coordenação do Mapa traça as diretrizes e coordena as ações de todos os setores envolvidos no monitoramento da presença de resíduos de medicamentos veterinários e de contaminantes ambientais.    O uso de medicamentos veterinários registrados no Mapa não é proibido em vacas de leite. Mas em algumas categorias animais, como as vacas em lactação, o uso é restrito.    As implicações decorrentes da ingestão de produtos lácteos com níveis de resíduos acima dos padrões de segurança estabelecidos podem causar reações alérgicas, lesões renais e hepáticas nos animais.    Esse e outros assuntos são abordados na Revista Conhecer Sebrae - Leite e Derivados. 

Fonte: Conhecer Sebrae - Leite e Derivados

Castração imunológica na suinocultura moderna

Estudo mostra vantagens desta técnica.
   Na produção atual de suínos, grande parte dos animais destinados ao abate são machos castrados. A castração cirúrgica (gonadectomia) de suínos machos jovens é um procedimento comum dentro da produção de suínos no mundo todo. Estima-se que cerca de 100 milhões de leitões sejam castrados anualmente, considerando apenas países da União Europeia.

   Sabe-se, porém, que suínos machos castrados apresentam eficiência de conversão alimentar e retenção de nitrogênio prejudicadas, e menor relação entre carne magra e gordura, o que torna a criação significativamente mais cara em comparação a machos inteiros. Apesar destes fatores possuírem importância significativa para o progressivo abandono da castração cirúrgica na produção suinícola, problemas relacionados com o “odor na carcaça” (boar taint) ainda a tornam o procedimento mais prático na eliminação deste fator. O odor está relacionado com a maturidade sexual e produção de hormônios dos machos suínos, tornando a carne de animais não castrados imprópria para o consumo.Essas considerações levam os produtores a buscarem alternativas para a castração de suínos, de modo que tenham aplicação prática, sejam viáveis economicamente, não causem impactos negativos ao desempenho produtivo dos animais e que atendam aos requisitos impostos pelos consumidores e aos princípios de bem-estar animal.Acesse o estudo realizado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que tem como objetivo discorrer sobre a imunocastração, que vem sendo utilizada como alternativa em substituição à castração cirúrgica, demonstrando os aspectos práticos que têm justificado sua utilização.Suínos imunocastrados na suinocultura moderna (arquivo em PDF, 25 páginas)

Fonte: UFMS

Óleo de tilápia é utilizado na fabricação de biodiesel e ração animal


  A criação de tilápias em cativeiro é uma atividade muito explorada no Açude Castanhão, construído sobre o leito do rio Jaguaribe, situado no Ceará. Após a pesca, os piscicultores costumavam descartar as vísceras da tilápia no entorno do açude, poluindo o local.O empreendedor André de Freitas realizava pesquisas sobre o aproveitamento desse material na região e notou uma oportunidade de negócio inovadora: utilizar os resíduos da pesca para a produção de óleo de tilápia.Em 2009, André abriu a empresa Piscis Soluções Ambientais no município de Jaguaribara (CE) e desenvolveu um sistema de coleta de resíduos para a fabricação de óleo. Quiosques coletam as vísceras da tilápia, que são transportadas até a empresa por motos com reboque e caminhão. O material é submetido a um processo biotecnológico para a extração do óleo, que pode ser utilizado na fabricação de biodiesel, sabão e na alimentação animal. A técnica de extração do óleo é inovadora e pode ser aplicada aos resíduos da pesca de peixes de outras espécies como do tambaqui, pacu, entre outros. Antes dessa iniciativa, as vísceras de tilápia eram lançadas no entorno do açude, queimadas ou enterradas, poluindo a região. O despejo podia provocar a proliferação de urubus e porcos nestes locais, comprometendo a saúde da população ribeirinha. ParceriasA parceria entre o Sebrae e a Piscis foi fundamental para a conscientização dos piscicultores sobre a destinação correta dos resíduos do pescado. De acordo com André de Freitas, as ações educacionais proporcionadas pelo Sebrae favoreceram o aumento do volume de vísceras coletadas, resultando em maior produção e impactos positivos ao meio ambiente, com a retirada dos resíduos do entorno do Açude Castanhão. Em média, são coletados quatro mil quilos de vísceras por mês.Atualmente, a empresa produz o óleo da tilápia para o mercado local de produção de rações balanceadas e investe no desenvolvimento tecnológico e de gestão. O projeto da Piscis foi selecionado para receber recursos do Fundo de Inovação Tecnológica (FIT), que são aplicados no aproveitamento integral dos resíduos da pesca para a produção de concentrado energético e composto orgânico. 


Fonte: Sebrae Nacional
Informações adicionais sobre a Piscis podem ser obtidas pelo e-mail piscis.ce@hotmail.com.

domingo, 19 de junho de 2011

Governo anuncia medidas do Plano Safra 2011-2012

     Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Fazenda; e do Desenvolvimento Agrário anunciaram nesta terça-feira, 31 de maio, as principais medidas do Plano Agrícola 2011/2012, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), na quinta-feira (26/5). As respectivas resoluções estão publicadas no site do Banco Central.
     “As medidas visam a permitir que os agentes financeiros possam iniciar as contratações da nova safra já no dia 1º de julho, conforme determinação do Ministro Wagner Rossi”, informou José Carlos Vaz, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
De acordo com a orientação do ministro, imediatamente após o início da operacionalização do Plano Safra 2011/2012, o governo começará a implementação de ajustes estruturais no modelo de gestão da política agrícola.
     Entre as inovações do Plano Safra 2011/2012, está a criação de duas linhas de crédito, à taxa de juros fixa de 6,75% ao ano: uma linha de até R$ 1 milhão para lavouras de cana; e outra, de até R$ 750 mil, para a pecuária, destinada à aquisição de reprodutores e matrizes bovinas ou bubalinas. Também foi criada uma Linha Especial de Crédito (LEC) para a cultura da laranja, no valor de até R$ 30 milhões por agroindústria.

    O programa ABC passará a incorporar as linhas de crédito do Propflora e do Produsa, com redução da taxa de juros para 5,5% ao ano. Também foram fixados os preços mínimos para as culturas de verão, regionais e da sociobiodiversidade da safra 2011/2012; e para as culturas das regiões Norte e Nordeste da safra 2012.

     O Plano Agrícola 2011/2012 trará a simplificação nas normas do crédito rural e a melhoria das condições de taxas e limites para os produtores. Foi fixado um limite único de R$ 650 mil, em apenas uma faixa, para o financiamento de custeio de todas as culturas e atividades, em substituição aos limites anteriores, por produtos.

     “Cada produtor vai saber qual é o máximo que pode tomar emprestado, independente da atividade que está financiando”, explicou José Carlos Vaz. Com isso, o governo vai estimular uma maior diversificação da atividade agrícola, já que hoje a maior parte dos financiamentos é destinada a commodities ou produtos para exportação. “Vamos ter mais crédito, com taxas mais baratas, para quem produz para o mercado interno”, completou Vaz.

        Ainda para incentivar e estimular a produção, o limite de financiamento de investimentos, com recursos obrigatórios do crédito rural, foi elevado de R$ 200 mil para R$ 300 mil.

        Os programas agrícolas financiados com recursos do BNDES sofreram ajustes que facilitam a operacionalização pelas instituições financeiras e o acesso pelos agricultores. Entre outras medidas, as federações e confederações de cooperativas agrícolas passarão a ter acesso às linhas do Procap-Agro, desde que atuem nos moldes de cooperativas centrais.

       O Procap-Agro recebeu o reforço de R$ 350 milhões, remanejados do Prodecoop, a serem aplicados ainda na safra atual. O Moderagro, que financia a aquisição de corretivos agrícolas, teve os limites elevados de R$ 300 mil para R$ 600 mil, nos contratos individuais; e de R$ 900 mil para R$ 1.200 mil nos coletivos.

       Para reforçar o apoio ao médio produtor rural, a renda bruta anual para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento do Médio Produtor Rural (Pronamp) passou de R$ 500 mil para R$ 700 mil.

        Além de José Carlos Vaz, participaram da coletiva os secretários de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir André Müller; e o secretário-adjunto de Política E conômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Veja os principais pontos da proposta do novo Código Florestal








Código Florestal em vigor no País foi elaborado em setembro de 1965, mas já passou por várias alterações. O Legislativo tenta construir um texto novo há 12 anos. Veja quais são os principais pontos do texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 24 de maio e que será analisado pelo Senado:
Reserva legal
Lei atual: determina que a manutenção de florestas e outras formas de vegetação nativa deve ser de 80% em propriedades em área de floresta na Amazônia Legal, 35% nas propriedades em área de cerrado na Amazônia Legal e 20% nas demais regiões. Se a área da reserva for menor que o previsto em lei, o proprietário deve promover a recomposição.
Texto votado: pequenos produtores rurais, cujas propriedades sejam de até quatro módulos fiscais (medida variável que vai até 400 hectares) não precisarão recompor as reservas legais.
Margem de rios
Lei atual: prevê proteção da vegetação até 30 m de distância das margens dos rios mais estreitos, com menos de 10 m de largura.
Texto votado: no caso de áreas já desmatadas, a recomposição deverá ser de 15 m de distância da margem. Permanece a exigência de 30 m para as áreas que se mantiveram preservadas.
Anistia
Lei atual: elenca uma série de contravenções passíveis de punição de três meses a um ano de prisão ou multa de 1 a 100 salários mínimos. O decreto 7.029/2009 prevê multa para quem não registrar a reserva legal até o próximo dia 11 de junho. Se as áreas desmatadas forem recuperadas até essa data, ficarão livres das multas.
Texto votado: o compromisso de regularização do imóvel suspende eventuais punições de detenção e/ou multa que tenham sido aplicadas ao proprietário. A efetiva regularização extingue a punibilidade. A adesão ao programa de regularização deverá ocorrer em um ano (prazo que pode ser prorrogado pelo governo) a partir da criação do cadastro de regularização ambiental (CAR). O cadastro deverá ser criado até três meses após a sanção do novo código.
Topos de morro
Lei atual: proíbe utilização do solo em topos de morros, montes, montanhas e serras, encostas com declive acima de 45°, restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues, bordas de chapadas, áreas com mais de 1,8 mil m de altitude.
Texto votado: o texto admite a manutenção de atividades florestais, pastoreio extensivo, culturas lenhosas perenes, como café, maçã, uva, ou de ciclo longo, como a cana de açúcar, que não estavam previstas no texto apresentado pelo relator.
Áreas consolidadas
Lei atual: a classificação de área rural consolidada inexiste no código em vigor.
Texto votado: atividades em áreas rurais consolidadas - anteriores a 22 de julho de 2008 - localizadas em Área de Preservação Permanente poderão ser mantidas se o proprietário aderir ao Programa de Regularização Ambiental. A autorização será concedida em caso de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto.

Fonte: Jornal do Brasil.